O 46° Encontro do GRECUEC

Ocorreu no último domingo do ano, como de costume, e por coincidência caiu no Dia de Natal, 25 de Dezembro de 2022. A festa foi no Restaurante Chácara, animada por Betinho Manga Ex-Trepidant’s, um arraso como sempre.

Momentos de reflexão e confraternização!

SETEMBRO

DOUGLAS MENEZES

Tenho obsessão por setembro. Mês da minha chegada. Claridade nunca a apagar. Tempo de fazer memória, de sentir orgulho no desfilar garboso do civismo incerto, sem convicção já desconfiando de uma independência que ainda não se tornou real.

Tanto tempo passado numa comemoração distante da maioria. Povo de cara triste. Gente magra, amarela, a olhar um desfile que não contemplava uma verdade verdadeira. O sete já me incomodava, já me fazia refletir sobre uma emancipação capenga, injusta e feita só para alguns milhões e não para todos aqueles que construiam no sacrifício cotidiano um arremedo de nação, nunca plenamente, até hoje,a poder ser chamada de país de todos. Uma maioria enganada sempre. Alguém duvida?

Setembro de tanta flor, de tanto jardim, de tanta luz, de tanta cor, de tanto corpo bonito a desfilar nas praias, a insuflar desejos, a me dizer dessa mistura que aqui existe para perpetuar a gente colorida, que se faz bonita nos batuques, nos gingados do quase samba a dizer do amor que é setembro.

Mês de se fazer sensual como o molejo das morenas, negras e louras, e dos meninos já homens a cultuarem a força masculina como deuses gregos.

Setembro do meu começo. Nódoa a escorrer no ato estranho e solitário, companheira inerte, verde na paisagem verde. Um aprendizado de um nunca esquecer, antes do contato humano da vizinha a ensinar, aula sem palavras, apenas setembro como testemunha, num azul silencioso de um quintal de goiabas, jenipapos, carambolas e laranjas-cravo.

Setembro sempre, ano após anos, décadas, dias, avivando a memória já um pouco distante. Setembro a trazer de volta a vida da primavera sem chuva e o cheiro ativo do jasmim do meu oitão.

IMAGEM GOOGLE

GRECUEC NO 40° ENCONTRO

Nesse 30/12/2017, no Hotel Fazenda Aymara, os Grecuecanos completaram 40 anos de Encontros, segundo o estudioso para assuntos históricos grecuecanos, Almir Mendes e que inclusive é o atual presidente da agremiação. Uma linda festa animada pela consagrada banda Túnel do Tempo, mas que teve também a participação de Betinho Manga (ex-Trepidant’s), abrindo o espetáculo.

Muita emoção, coração à flor da pele com aquela viagem inesquecível na sonoridade da época que comoveu a todos, alinhada aos reencontros de amizades eternas, de uma forma bela e calorosa trouxe a esperança de volta! E aí, aquela frase grecuecana: “ESTE É O FRUTO DE UMA JUVENTUDE POR MUITOS DESACREDITADA”, voltou a encher de orgulho os grecuecanos remanescentes.

Almir Mendes fez homenagem aos grecuecanos que já partiram ao Oriente Eterno, num momento de muita emoção e saudade!

Uma festa que ficará na história do Cabo!

Grecuec 2015

A VEZ DO GRECUEC

A festa dos 33 Anos de encontros do Grecuec reuniu (no novo Bar do Cabeça na Enseada dos Corais) não em quantidade, mas em qualidade, o que há de melhor em confraria e irmandade. Reencontros, felicidades, assuntos em dia, e muitas saudades (Creedence, Beatles, Renato, Fevers, Elvis, Roberto, Zeca Pagodinho, Estrelinha linda, Boi Kagado…).

Valeu o Dj PG e Betinho Manga!

O Grêmio Cultural e Esportivo Cabense, através do seu presidente o Dr Almir Mendes, clamou a Jesus Cristo, com todos de mãos dadas, para que protegesse toda a “Família Grecuecana” neste ano que se aproxima. Muitas lágrimas e comoção no encerramento com mensagens reflexivas e músicas adequadas para ocasião. 

Todos estão de parabéns! 

Festa linda! 👏🏼👏🏼👏🏼❤️💕 

    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
   

RIO MEU

DOUGLAS MENEZES
   
 
Sou um provinciano escritor do Cabo, sem o talento nem a fama de Fernando Pessoa. Escrevinho palavras pra me satisfazer um pouco e dizer pros amigos que estou vivo. O rio da aldeia do poeta português ganhou o mundo sem precisar ser grande, muito menos encontrar o mar. Porque Pessoa, maior que todos os rios do mundo, levou seu pedaço de água sentimental a todos os rincões da Terra, ofuscando o Tejo e sua grandeza. 

Pois eu também tenho o meu rio, de sonhos do passado, de vivências mediocres, comuns, de um bucolismo mal arranjado pela memória que se vai aos poucos. Do meu quintal via o Pirapama sereno nos verões, quando ainda os canaviais chegavam a bater nas cozinhas das casas cabenses. No inverno, muitas vezes, enfurecido, arrebentando o que aparecia pela frente, metendo medo, causando prejuízos e tragédias, como querendo dominar a cidade e tomar suas ladeiras.

No mais era o meu rio doce, num tempo de peixes visíveis nas águas claras, de um leve amarelo cristalino, sem as marcas maldosas do homem. Vinha descendo de Vitória e enchia de melodia o seu passar sobre as pedras, embalando o quase adormecer das meninas ao banho das tardes quentes desse pedaço de Pernambuco. Era o rio da minha aldeia. Não sei se encontrava o mar, mas a mim bastava a contemplação, o mirar das estrelas, do sol e da lua no espelho das suas águas.

Tempo passa. Homem mexendo nele. Homem o castigando, mudando seu rumo, tirando a mata de suas margens, expulsando seu cheiro natural, matando os viventes que nele moravam, destruindo seu lirismo de açúcar, cercado que era por engenhos e usinas. O doce virou um paladar amargo. Esses verdes não são algas marinhas. O Pirapama causa náuseas. Nem o azul desbotado é o céu se espelhando no mar. Seu cheiro hoje, não é o da minha infância. E minha aldeia cresceu tanto, esqucendo lentamente que possui um rio tão chamado de seu nos anos que se foram.

Mas quem recorda revive. Vive de novo com quase a mesma intensidade. E repasso a fala de Tristão de Atayde, na voz de Sebastião Nery: “O passado não é o que passou, é o que ficou do que passou”. E o Pirapama vai viver em mim, enquanto em viver, poluído, malcheiroso, desencantado, triste e quase sem vida, sem nome famoso, talvez esquecido daqui a pouco, até mesmo sem água, virando riacho, margeado por cactus e caatinga e urubus agourentos. Assim mesmo, até que a morte nos separe, sempre será o meu rio. E plagiando Pessoa confirmo já com a voz ufanista e com emoção: O Pirapama, mesmo sem ser, é o maior rio do mundo, porque é o rio da minha cidade ou aldeia. 04 -11-15 Douglas Menezes

FELIZ OLHAR NOVO!

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o aqui e o agora.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais…
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
O ano que vai entrar não vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Desejo para você esse olhar especial.
O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular… Ou… Pode ser puro orgulho!
Depende de mim, de você!
Feliz olhar novo!!!
Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.
Feliz Olhar Novo para o Ano que se inicia!!!
(Carlos Drummond de Andrade)

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2015/01/img_5447.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2015/01/img_5241.jpg

Último domingo de 2014

O GRECUEC (Grêmio Cultural e Esportivo Cabense) mais uma vez coroa com êxito o seu encontro anual, sempre no último domingo de cada ano.
Ao som de Brasil & Graça os amigos do Grecuec se confraternizaram num místico de saudosismo, saudades e belos reencontros, selando positivamente a tradicional festa.

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6834.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6846.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6832.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6844.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6845.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6843.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6835.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6857.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6864.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6863.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6896.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6902.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6899.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6865.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6905.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6904.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6932.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6898.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6927.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6915.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6914.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6912.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6913.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6900.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6890.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6899-0.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6871.jpg

/home/wpcom/public_html/wp-content/blogs.dir/a18/19098301/files/2014/12/img_6878.jpg